A neurometria funcional é uma tecnologia utilizada para analisar e
treinar o sistema nervoso autônomo (SNA), parte do sistema nervoso relacionada
ao controle da vida vegetativa, ou seja, ao controle de funções vitais como a
respiração, a circulação sanguínea, a temperatura, a digestão, assim como o
estresse e a ansiedade.
É também o principal responsável pelo controle do corpo frente às
modificações ambientais. Por exemplo, quando entramos numa sala gelada pelo ar
condicionado, o SNA começa a agir, tentando impedir a queda de nossa
temperatura corporal; os nossos pelos arrepiam e começamos a tremer para gerar
calor. Ao mesmo tempo, ocorre uma vasoconstrição nas extremidades para impedir
a dissipação do calor para o meio. Essas medidas, aliadas à sensação
desagradável do frio, foram as principais responsáveis pela sobrevivência de
espécies em condições desfavoráveis ao funcionamento do organismo. O organismo
possui mecanismos que permite ajustes corporais, mantendo o equilíbrio do
corpo, a que damos o nome de homeostasia.
O SNA é, então, responsável por respostas reflexas, que controlam os
músculos lisos (musculatura cardíaca e glândulas exócrinas) e permitem o
aumento da pressão arterial, da frequência respiratória, os movimentos
peristálticos e a excreção de determinadas substâncias.
Este sistema é dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático. O
primeiro funciona como um acelerador; já o segundo, como um freio e, por isso,
é fundamental o equilíbrio entre os dois, o que nem sempre conseguimos sem a
ajuda da neurometria funcional, cujos treinamentos reprogramam o nosso cérebro,
formando novas redes neurais, favorecendo um equilíbrio e melhorando várias
funções do SNA, tais como o controle do estresse e da ansiedade, a indução do
sono fisiológico e a variabilidade cardíaca.